Era uma vez no sistema solar...
Um Céu, um Sol, a Lua e algumas Estrelas...
Todo dia era a mesma coisa: Céu azul, Sol nublado ou sem nuvens. Toda noite igual: Azul escuro, Lua e algumas Estrelas.
Isso começou a cansar o Céu, já não mais lhe agradava tudo isso.
O céu toda a noite esperava algo brilhante. Não, não mais bastavam as estrelas, nem mesmo a Lua majestosa.
Queria mais, algo novo: talvez diferente.
Ouvia-se burburinho de que ele passaria. Era ele, o cometa: brilhante, rápido e marcante.
Quando o cometa estava para cruzar o céu eufórico, atento ficou. Qualquer sinal aparente dele, o Céu ficava em polvorosa... Até que Ele chegou, o Cometa! Veio rápido e estonteante.
O Céu já não se importava mais com o Sol, a Lua e nem mesmo com as Estrelas, estava ocupado demais observando o Cometa, e percebeu algumas coisas: tinha brilho, mas não permanente, era forte, mas efêmero.
O cometa não era 'tudo' isso, o céu percebeu...
Era egoísta, queria ser o Sol, mas não podia aquecer, e também exigente, queria ser Estrelas, mas nada irradiava, cogitava igualar-se a Lua, mas não tinha luz para tal.
O Cometa como previsto se foi, passou, não deixou rastros visíveis.
O Céu aos poucos foi se entristecendo, perdera tempo esperando, admirando e até convivendo com o Cometa. Sentia sua falta.
E o Céu se fechou. Seu sorriso foi embranquecendo até desaparecer, lágrimas foram chovendo até secar e a voz foi falhando, até sumir, seus gestos esvaziados, até calar...
Estrelas, Lua e até o Magnífico Sol se importaram. Passaram a alegrar o Céu. Brilhavam sem escândalo, aqueciam-no só por querê-lo bem, iluminavam-no com a intenção de cuidar.
E o Céu entendeu... Cometas passam! São breves!
Cometas são os menores corpos do sistema solar. Seu brilho e o seu estardalhaço foram grandes, mas sem permanência.
Hoje, o azul escuro da noite ilumina-se com as Estrelas que nada pedem, com a Lua que graciosamente brilha sem surpreender e, durante o dia, o Sol magnífico, lá está para aquecer e ajudar a tudo florescer.
Os dias do Céu oscilam entre o azul estonteante de dias iluminados, entre noites escuras clareadas e até mesmo de cinza dos dias nublados, pois o Céu aprendeu que tudo que vem de forma rápida e com muito barulho, sacode, mas não firma, clareia, mas não ilumina.
Por Cátia Netto
P.S . Agradeço a Cristiane Marques pelos toques gramaticais.
Ficou muito gracioso!!!
ResponderExcluirBendito seja o tempo que dedicas alinhando palavras e sentimentos. Como é bonito ler-te e ao mesmo tempo ver brotar dentro de mim alegria, como é bom parar e por instante me enxergar como "céu" e querer preservar, ainda mais, o que sempre estará ali. Lindo!!! amei =)
ResponderExcluirOi Catia!...Tudo que é deixa de ser quando quer "SER" "passa"
ResponderExcluirO céu,a lua,as estrelas,o sol é Deus em sua infinita e "Absoluta beleza" Lindo!
Bjos querida!
Maria Helena Seibt
Gostei muito Catinha. Não desmerecendo os outros textos, eu achei que este conto foi o mais lindo que vc já escreveu.
ResponderExcluirAmeeeeeei!
Bjão!
Lindooo este conto.. de todos os que já escrevestes sempre que passeio por aqui me atrevo a lê-lo rsrs bjs
ResponderExcluirMAGNÍFICO,AMIGA.
ResponderExcluirHÁ PESSOAS COMETAS E ESTRELAS EM NOSSA VIDA!
AS COMETAS PASSAM,ALGUMAS SEM DEIXAR RASTROS.
LINDOOOOOOOOO!
VC É D+!
OBRIGADA PELA VISITA!
BEIJOS E ÓTIMO FIM DE SEMANA
DONETZKA